quinta-feira, 26 de maio de 2016

A guerra, a dor, o inverno, a flor...

E ao entrar no meu quarto, me deparei com as janelas abertas, uma brisa lúgubre tomava conta dele, o quarto frio e a cama vazia me trouxeram também um vazio, uma saudade de mim que há muito tempo, não parava pra pensar o quanto me negligenciei, o quanto me afastei de mim, provocando essas avalanches de sentimentos por certo as vezes, por vezes confuso.  Minha saúde retrata isso. 

O círculo não fecha e vai assim se formando o espiral que me leva pra longe da ponta inicial, me hipnotizando para dentro de um ciclo vicioso. Não sei quantas vezes mais serão necessárias escrever para acabar com isso, essa ansiedade que me toma por inteira e que só trás frustração. 
Quantas vezes me coloquei a pensar em que mãe eu gostaria de ser pro meu filho e que tipo de mãe eu venho sendo? E quantas vezes este mesmo pensamento tomou conta para outros aspectos da vida, como filha, como profissional, em fim. Quantas e quantas vezes? Se com você que me lê neste exato momento, também é assim, poderia ou gostaria compartilhar ? 

Me sinto tão só as vezes que nem lembro quem me pôs nesse mundo, e me pergunto por quê? Por que eu? Por que comigo? Quantas mais vezes, terei de me fazer de forte silenciando o grito e me esforçando para que meu belo par de olhos não produzam lágrimas, no que eu julgo a hora errada, talvez com pessoas erradas... Até quando? 

Sempre perguntas, sempre dúvidas, mas se assim não for que graça teria a vida não é mesmo? Não é mesmo...   Penso que um dia, uma hora, tudo isso passa, e tenho esperança (aquela espera com confiança) que realmente passe. Afinal, só se vê a luz quando há escuridão. Só descobre o belo, quando já se viu o feio. Só encontra paz, quem já viveu na guerra.

Guerra... Ta aí! (click) Minha mente é incrivelmente beligerante.  

E trás esses contrários esfregando em minhas fuças aquilo que muitas vezes deixo passar batido, ou simplesmente ignoro, devido as “minhas prioridades”, prioridades essas que não tem me trazido paz, tem me deixado sempre pra trás, pra depois... Depois eu vejo isso, depois eu procuro um médico, depois eu marco a consulta, depois eu... E depois eu... E assim por diante.


Tá na hora de começar a me construir, saber o que busco e pra onde pretendo ir... Se distante ou logo ali. Quem sabe não esteja na hora de ir, romper, partir com velhos traumas, se lançar, afinal quem saberá se não arriscar? A vida é mesmo bela, e eu, como cerejeira em flor, me reinvento, sempre desabrochando no inverno, tal vez o rosa seja mesmo a minha cor. Da paz, da alegria, do amor...



Imagem: Google

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