quarta-feira, 1 de junho de 2016

Apenas uma Wellen...

E derrepente o coração foi ficando apertadinho, um nó na garganta tal vez, a imagem, a sua lembrança me veio a cabeça e não foi possível conter a saudade, ela me escorreu pelos olhos.

Logo você pequena, que chorou quando eu avisei de minha partida, me fez chorar quando você se foi... Logo você, foi tão cedo sem se quer se despedir. 

Se o preço que pagamos é este, gostaria eu de ter me cobrado mais, poder ir ao teu encontro, tuas aflições, tuas angustias, aliviar-te do pesar. A vida é mesmo cheia de pesos e medidas, mas é necessário dosar nossas atitudes entre a linha tênue da sanidade e loucura.

Sabe "Biscoito", há um enorme vazio quando lembro de você e o que você representou pra mim. A vida é tão rara. E você é dessas raridades que encontramos e perdemos levando um pedaço de nós.

Que Deus tenha te buscado, que você tenha encontrado a luz que buscava. Que os braços do pai eterno tenha te entrelaçado para que jamais duvide do amor d'Ele.

Sinto saudades eterna Wellen Viana.  #638 dias

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Ser inteiro...

Hoje eu tirei o dia para pensar em quanto falta eu sentia de escrever, e subsequente de quanta falta eu sentia de mim, a quanto tempo não me colocava em reflexão.
E pude hoje, neste dia frio, 26 de Maio, quinta-feira, Corpus Christi, sozinha em casa, pensar sobre os vários atributos da vida, o que nos move, ou o que nos estaciona...

Conversando com um amigo no aplicativo de mensagens, ele me perguntou o que eu fiz o dia todo neste "feriado", respondi "Fiquei o dia todo na cama", ele rapidamente me devolveu "É ficar na cama o dia inteira com uma costela é bom...". Esse diálogo rendeu algumas risadas porque em seguida questionei por quê só "uma" costela, se nós temos 12 pares de costelas. Ele riu e me respondeu "Você entendeu o que eu quis dizer".  Sim, eu entendi, no entanto não deixei de imaginar com alguém partido no meio deitado ao meu lado em uma cama, alguém pela metade... E quantas vezes nos deparamos com alguém que não está inteiro para nós? Alguém que está sempre pela metade. Quantos e quantos casamentos são assim? 

Segredos, assuntos intocáveis, cartas guardadas, em fim... Isso tudo é ser pela metade! Ou você se entrega de corpo e alma a algo ou alguém ou estará sempre pela metade. Nós não encontramos a metade da laranja, nós encontramos uma alma que nem sempre é gêmea, mas o simples fato de vocês se entregarem verdadeiramente um ao outro os torna íntegros por inteiro. Não é que se completam, completar é verbo para aquilo que falta, e quando você é inteiro, aaah meu bem, não lhe falta nada. O que as pessoas inteiras fazem juntas é somar, agregar valores, quebrar as vezes paradigmas cultural familiar. Juntas elas somam, não completam, pois não são metades. E isso me fez mais uma vez refletir se estou sendo inteira ou metade para o lado profissional, e também claro, o lado pessoal também. 

E você? Tem sido em seus relacionamentos, uma pessoa inteira ou que se doa pela metade?  E o seu parceiro(a), você o vê inteiro ou pela metade?
Se qualquer uma das respostas for, sim pela metade, está na hora de repensar seus próprios conceitos e analisar aonde você vai chegar com relações medianas. 

Boa noite a todos que leem e que por aqui passam. 






A guerra, a dor, o inverno, a flor...

E ao entrar no meu quarto, me deparei com as janelas abertas, uma brisa lúgubre tomava conta dele, o quarto frio e a cama vazia me trouxeram também um vazio, uma saudade de mim que há muito tempo, não parava pra pensar o quanto me negligenciei, o quanto me afastei de mim, provocando essas avalanches de sentimentos por certo as vezes, por vezes confuso.  Minha saúde retrata isso. 

O círculo não fecha e vai assim se formando o espiral que me leva pra longe da ponta inicial, me hipnotizando para dentro de um ciclo vicioso. Não sei quantas vezes mais serão necessárias escrever para acabar com isso, essa ansiedade que me toma por inteira e que só trás frustração. 
Quantas vezes me coloquei a pensar em que mãe eu gostaria de ser pro meu filho e que tipo de mãe eu venho sendo? E quantas vezes este mesmo pensamento tomou conta para outros aspectos da vida, como filha, como profissional, em fim. Quantas e quantas vezes? Se com você que me lê neste exato momento, também é assim, poderia ou gostaria compartilhar ? 

Me sinto tão só as vezes que nem lembro quem me pôs nesse mundo, e me pergunto por quê? Por que eu? Por que comigo? Quantas mais vezes, terei de me fazer de forte silenciando o grito e me esforçando para que meu belo par de olhos não produzam lágrimas, no que eu julgo a hora errada, talvez com pessoas erradas... Até quando? 

Sempre perguntas, sempre dúvidas, mas se assim não for que graça teria a vida não é mesmo? Não é mesmo...   Penso que um dia, uma hora, tudo isso passa, e tenho esperança (aquela espera com confiança) que realmente passe. Afinal, só se vê a luz quando há escuridão. Só descobre o belo, quando já se viu o feio. Só encontra paz, quem já viveu na guerra.

Guerra... Ta aí! (click) Minha mente é incrivelmente beligerante.  

E trás esses contrários esfregando em minhas fuças aquilo que muitas vezes deixo passar batido, ou simplesmente ignoro, devido as “minhas prioridades”, prioridades essas que não tem me trazido paz, tem me deixado sempre pra trás, pra depois... Depois eu vejo isso, depois eu procuro um médico, depois eu marco a consulta, depois eu... E depois eu... E assim por diante.


Tá na hora de começar a me construir, saber o que busco e pra onde pretendo ir... Se distante ou logo ali. Quem sabe não esteja na hora de ir, romper, partir com velhos traumas, se lançar, afinal quem saberá se não arriscar? A vida é mesmo bela, e eu, como cerejeira em flor, me reinvento, sempre desabrochando no inverno, tal vez o rosa seja mesmo a minha cor. Da paz, da alegria, do amor...



Imagem: Google

terça-feira, 1 de março de 2016

O regresso à vida escrita

Eis que estou de volta, a eterna aprendiz, que não se contenta com o muito, mesmo porque o único muito em sua vida seria a ansiedade de crescer, aprender...  Atravessei mares e oceanos imensos, sem saber ao certo em que momento contaria isso a vocês,  ou em que tipo de metáforas utilizaria para descrever tais fatos.



O quanto chorei, inundei, me afoguei tentando atracar meu barco num mar revolto e de forte correnteza, fui arrastada, bati contra as pedras, tal vez sejam estas as pedras do caminho, que dizem alguns poetas. E como doeu chocar-se contra elas, tive que ser forte, gritar tão alto quanto pude, mas ninguém pode ouvir meus gritos no silêncio... Sim, fui silenciosa em meio a minha dor, horrores, em fim, tão longos dias veio a tal calmaria, ou neste e exclusivo caso, somente a oportunidade de não ter uma correnteza tão forte indicando o sul. Fiz o atraque, ainda com as cordas frouxas, para caso eu desistisse ainda desembarcar por ali, desembarquei, no escuro, ainda com medo de onde era certo pisar naquele cais. Houve marinheiros que me estenderam a mão, houve os que tentaram me suprimir e pedir ou implorar, para que voltasse seja num porão negreiro, ou em qualquer caldeira decadente... Pus-me em pé, mantive a coragem, estou aqui. Tal vez olhando aquela linha do horizonte, distante, sem saber o que espera ainda seja meu sonho, minhas vontades recatadas do retorno, hoje com menos alarde, driblando meus devaneios em horas incomuns. Recompus-me, de imediato a capitão, em minha própria embarcação ‘adernante ‘, por vezes  vi o fundo daquele oceano escuro e frio, por vezes a vontade de cair esteve por perto, por vezes regressei meu timão a estibordo quando a ameaça a boreste era maior do que eu poderia temer ou tremer. Ah! Antes que se pergunte o porquê do uso da figura masculina, remeto a você que apesar do arredio, vejo força e coragem na figura masculina, sobretudo os que vivem nestes mares, poderia ser machismo, mas acredito mesmo que é apenas sabedoria divina, nós mulheres possuímos o mesmo tanto de força, para teimosia, e comandar a própria embarcação requer muitos maydai, homem ao mar e recuar velas.
O incerto foi a minha base desde a minha decisão por ele. E este incerto foi se acertando, não tão rapidamente, nem talvez como eu realmente gostaria, mas foi acontecendo.

Hoje? A vidraça dos meus medos são outros, pronta para qualquer momento estilhaçar-lhes de uma vez por todas. E quem sabe sentir o frio na barriga ao considerar-me corajosa o bastante para adquirir outros e novos desafios?


Saberemos na próxima crônica, se minha coragem de escrever-lhe permitir. Até a próxima!