domingo, 28 de abril de 2013

O gosto do improvável.

Hoje me deparei com o passado, num encontro nada casual. Não foi estranho, mas foi sutil, de uma tal forma que só pude sorrir, avermelhar e lembrar com apreço, sem ressentimentos, sem saudades, apenas com gratidão.

Gosto de ser surpreendida com o que é bom, gosto do improvável, você não espera, você não se decepciona, é apenas legal, ou excelente. Nos acostumamos com o muito bom, e se preparamos para ele, e quando algo não sai como 'fantasiamos', o tachamos de ruim, péssimo ou decepcionante, sendo que foi só a nossa imaginação, muitas das vezes regada pelo coração, que floreou demais e falhou. Entretanto, usando a razão você teria de apenas, esperar! Afinal nada aconteceu, e você não tem ideia do que há por vir, seja algo legal, ou excelente, simples assim. Claro, não vai ser fácil entender isso aos 14 anos, tão pouco aos 18 se ainda estiver começando a curtir a vida, no entanto, quem vos escreve só tem 20, mas levou algumas catapultas da vida, alguns tropeços que geraram cicatrizes até grandinhas, mas que ao vê-las só me faz lembrar o quanto sou forte, o quanto fui firme, e que além de tudo que passei, eu sobrevivi! E por maior sofrimento que possa ter passado, eu aprendi, amadureci como jamais poderia em tão poucas décadas. Mas não é disso que devemos ficar remoendo, e sim olhar pro mundo lá fora, mesmo num dia cinza, você vai conseguir encontrar um sorriso, inesperado, talvez de alguém que você se quer pensou que tivesses motivos para fazê-lo,  já dizia Caio Fernando de Abreu: "Um amigo me chamou para ajudar a cuidar da dor dele. Guardei a minha no bolso. E fui." 


As vezes precisamos apenas disso, de um choque de realidade, ou como costumo dizer, apenas um pouco de loucura num mundo tão 'normal', porém hipócrita demais. Mas atrás disso tudo está o 'nosso contexto' cultural e social, que cria estereótipo, paradigmas, e que 'devemos' cumpri-los, no qual não concordo totalmente, respeito acima de tudo, mas tenho direito de pensar, e me opor a opinião da massa esmagadora.

Eu penso, logo existo. Não! Eu penso, logo eu questiono, e assim existo.

Um beijo mais que especial em todos os terceiros olhos que leem este post.