Hoje eu tirei o dia para pensar em quanto falta eu sentia de escrever, e subsequente de quanta falta eu sentia de mim, a quanto tempo não me colocava em reflexão.
E pude hoje, neste dia frio, 26 de Maio, quinta-feira, Corpus Christi, sozinha em casa, pensar sobre os vários atributos da vida, o que nos move, ou o que nos estaciona...
Conversando com um amigo no aplicativo de mensagens, ele me perguntou o que eu fiz o dia todo neste "feriado", respondi "Fiquei o dia todo na cama", ele rapidamente me devolveu "É ficar na cama o dia inteira com uma costela é bom...". Esse diálogo rendeu algumas risadas porque em seguida questionei por quê só "uma" costela, se nós temos 12 pares de costelas. Ele riu e me respondeu "Você entendeu o que eu quis dizer". Sim, eu entendi, no entanto não deixei de imaginar com alguém partido no meio deitado ao meu lado em uma cama, alguém pela metade... E quantas vezes nos deparamos com alguém que não está inteiro para nós? Alguém que está sempre pela metade. Quantos e quantos casamentos são assim?
Segredos, assuntos intocáveis, cartas guardadas, em fim... Isso tudo é ser pela metade! Ou você se entrega de corpo e alma a algo ou alguém ou estará sempre pela metade. Nós não encontramos a metade da laranja, nós encontramos uma alma que nem sempre é gêmea, mas o simples fato de vocês se entregarem verdadeiramente um ao outro os torna íntegros por inteiro. Não é que se completam, completar é verbo para aquilo que falta, e quando você é inteiro, aaah meu bem, não lhe falta nada. O que as pessoas inteiras fazem juntas é somar, agregar valores, quebrar as vezes paradigmas cultural familiar. Juntas elas somam, não completam, pois não são metades. E isso me fez mais uma vez refletir se estou sendo inteira ou metade para o lado profissional, e também claro, o lado pessoal também.
E você? Tem sido em seus relacionamentos, uma pessoa inteira ou que se doa pela metade? E o seu parceiro(a), você o vê inteiro ou pela metade?
Se qualquer uma das respostas for, sim pela metade, está na hora de repensar seus próprios conceitos e analisar aonde você vai chegar com relações medianas.
Boa noite a todos que leem e que por aqui passam.
Vou sorrindo, poetizando, vou cantando a minha vida, em crônicas, textos e poesia, fazer das dificuldades - Sabedoria. Ora ou outra verás alguma coisa, mais agressiva. Bobagem, sou passiva. Leitores, deixo aqui meus encantos... Fique a vontade e boa leitura a você que por aqui passa e aprecia. (:
quinta-feira, 26 de maio de 2016
A guerra, a dor, o inverno, a flor...
E ao entrar no meu quarto, me deparei com as janelas abertas, uma brisa
lúgubre tomava conta dele, o quarto frio e a cama vazia me trouxeram também um
vazio, uma saudade de mim que há muito tempo, não parava pra pensar o quanto me
negligenciei, o quanto me afastei de mim, provocando essas avalanches de
sentimentos por certo as vezes, por vezes confuso. Minha saúde retrata isso.
O círculo não fecha
e vai assim se formando o espiral que me leva pra longe da ponta inicial, me
hipnotizando para dentro de um ciclo vicioso. Não sei quantas vezes mais serão
necessárias escrever para acabar com isso, essa ansiedade que me toma por
inteira e que só trás frustração.
Quantas vezes me coloquei a pensar em que mãe
eu gostaria de ser pro meu filho e que tipo de mãe eu venho sendo? E quantas
vezes este mesmo pensamento tomou conta para outros aspectos da vida, como
filha, como profissional, em fim. Quantas e quantas vezes? Se com você que me
lê neste exato momento, também é assim, poderia ou gostaria compartilhar ?
Me
sinto tão só as vezes que nem lembro quem me pôs nesse mundo, e me pergunto por
quê? Por que eu? Por que comigo? Quantas mais vezes, terei de me fazer de forte
silenciando o grito e me esforçando para que meu belo par de olhos não produzam
lágrimas, no que eu julgo a hora errada, talvez com pessoas erradas... Até
quando?
Sempre perguntas, sempre dúvidas, mas se assim não for que graça teria
a vida não é mesmo? Não é mesmo...
Penso que um dia, uma hora, tudo isso passa, e tenho esperança (aquela
espera com confiança) que realmente passe. Afinal, só se vê a luz quando há
escuridão. Só descobre o belo, quando já se viu o feio. Só encontra paz, quem
já viveu na guerra.
Guerra...
Ta aí! (click) Minha mente é incrivelmente beligerante.
E trás esses contrários esfregando em minhas
fuças aquilo que muitas vezes deixo passar batido, ou simplesmente ignoro, devido
as “minhas prioridades”, prioridades essas que não tem me trazido paz, tem me
deixado sempre pra trás, pra depois... Depois eu vejo isso, depois eu procuro um
médico, depois eu marco a consulta, depois eu... E depois eu... E assim por
diante.
Tá
na hora de começar a me construir, saber o que busco e pra onde pretendo ir...
Se distante ou logo ali. Quem sabe não esteja na hora de ir, romper, partir com
velhos traumas, se lançar, afinal quem saberá se não arriscar? A vida é mesmo
bela, e eu, como cerejeira em flor, me reinvento, sempre desabrochando no
inverno, tal vez o rosa seja mesmo a minha cor. Da paz, da alegria, do amor...
Imagem: Google
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