terça-feira, 29 de maio de 2012

Lei Maria da Penha

A semanas atrás estive refletindo sobre a forma com que a mulher se comporta com a agressão doméstica, a lei, o sentimento e a família, e percebi que nós mulheres, seguramos a onda até o máximo que podemos suportar, tendo por vezes uma compreensão não explicada, talvez seja pelos filhos ou a família, ou até mesmo por saber que toda aquela agressão, seja ela física ou verbal, não passa de uma máscara onde o parceiro/companheiro não assume que não suportaria  perder aquela mulher, caso isso ocorra. 


O que é triste porque nós, muitas vezes somos mães e não nos apressamos a bem educar esse filho homem que vai crescer e formar sua própria família, e que nela deve haver amor, harmonia, ternura, bom censo e respeito sobretudo para que a família cresça feliz, como deve ser, pois ninguém nasceu nesse mundo para ser infeliz, e assim acredito eu. 


Para a mulher se dispor de ir até a delegacia da mulher, e lá prestar queixa sobre seu parceiro, ela já passou por muita humilhação, pré julgamento, pressão psicológica, agressão física, graves ameaças, e digo mais, elas se colocam nessa situação quando já parece estar fora do controle, quando o parceiro que deveria ama-la e tornar o ambiente seguro, passa a ser uma ameaça contra sua vida, e a insegurança, de trabalhar, de sair de casa, de se divertir toma conta por completo e te impede até mesmo de viver, e em alguns pontos extremos porém, não tão utópicos quanto parece, toda a infra estrutura que serve de apoio e base para você tocar em frente parece se distanciar, o que é até mesmo bastante compreensível visando de um modo racional num todo. 


Mas uma pessoa sofrendo agressões físicas e verbais consegue realmente se desfazer destes problemas sozinha?   


Jamais! A mulher tem que estar muito bem apoiada por seus parentes e amigos, para ter a total segurança de que nada de pior possa lhe acontecer, e que mesmo assim vemos muitos por aí.


E quando a mulher toma a decisão de dar parte de seu parceiro ou ex-parceiro na polícia, ela ainda enfrenta a constante dúvida se aquilo que está sendo feito é de fato o correto, por uma porção de detalhes a sua volta, entre elas a mais inquietante é a relação com os filhos, depois da denúncia dar prosseguimento ao processo muitas vezes não ocorre, porque mesmo aquela mulher que não suporta mais sofrer nas garras do companheiro, existe nela um sentimento, que diferente do sentimento de posse ou obsessão, é tênue e como todo sentimento bom não há o desejo de ferir ou de torna-lo amargo.


E mais do que as mulheres arregaçarem as mangas e tornar donas do seu auto-estima eu espero que os homens tomem mais consciência de que se não suportam viver sem nós, nos trate com o máximo de respeito e não com tampouco que seja impossível distinguir um homem de um cavalo.


NÃO A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA!


O link abaixo, é um manual com algumas orientações a respeito da Lei Maria da Penha, baseado em uma mulher que depois de muito sofrer, conseguiu ter a justiça ao seu lado.
http://www.sepm.gov.br/legislacao-1/lei-maria-da-penha/leimariadapenha-1.pdf


Deixo aqui o meu amigo abraço a todas as mulheres e homens que apoiam essa iniciativa!


Isplindiane Cardoso.