Queria saber voar, mas nasci sem asas, então aprendi a andar, e por diversas vezes tentei bater os braços na ilusão de que meu voo fosse decolado... Engano.
Aprendi a voar de formas diferentes, superando meus desafios e me fazendo melhor e melhor, as vezes o pouso não sai nada perfeito, ou se quer sutil... Nestes casos, reclamar do que? Eu voei, está bom por demais, um bom pouso requer prática e habilidades, quando este era desengonçado ou acidental, eu aprendia como não fazer, e no que apostar no próximo.
Chama-se sabedoria. E sou muito grata, pois em minhas orações, em um canto tranquilo qualquer numa conversa informal eu pedia a Deus que me desse o dom da sabedoria, claro que para tal, humildade e paciência é mais que essencial.
E na minha vontade incansável de poder voar, paro e admiro aqueles que o fazem... Tão bem.
O voar dos pássaros, eis a minha alegria, considero essa frase já uma filosofia. Como gosto... Como admiro...E além de voar, eles cantam, eles constroem e costuram suas casas em pequenos laços, habilidosos, sem pressa aparente, eles são felizes, são livres, sabem voar...
E eu?
Bípede...
Terrestre...
Me lanço,
numa incerteza,
apenas confiante
do vôo raso.
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Isplindiane.
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